segunda-feira, 24 de março de 2014

CONCURSO DE MATEMÁTICA PANGEA


Informamos que a comunicação dos alunos que passam à 2ª fase do PANGEA se encontra no site:
http://www.concurso-de-pangea.com.pt/
consultem o site!



sexta-feira, 21 de março de 2014

Dia Mundial da Poesia | 21 de Março

  Mensagem da SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) da autoria do poeta e crítico António Carlos Cortez, para o Dia Mundial da Poesia

Todos sabemos da resposta de Mallarmé a Degas. Quando o pintor confessou o seu desejo de escrever poemas, dado que tinha muitas ideias, o poeta respondeu-lhe que um poema se faz com palavras, não com ideias. Julgo que neste tempo em que, de novo, as palavras parecem perder o seu sentido – à custa de tantas ideias ínvias - é urgente lembrar que o poema é trabalho de palavras. O poema é um exercício que concilia reflexão, ponderação, fidelidade ao que as palavras, na sua radicalidade, significam. W. A. Auden lembra-nos justamente que: um poeta é, sobretudo, uma pessoa que ama apaixonadamente a linguagem. Amar a linguagem é sinónimo de respeitar as palavras. Neste Dia Mundial da Poesia, é esta a mensagem que gostaria de vos enviar, deixando claro que o acto de escrever poesia não pode ser realizado levianamente, pois um poema, em chegando ao leitor, pode ser potenciador da imaginação ou, por ser pobre, um mero desfiar de ideias sem consequência. É contra essa inconsequência do acto de fazer poesia que o poeta consciente do seu trabalho se deve insurgir.
 
Neste tempo de novas indigências, a responsabilidade poética relaciona-se, portanto, com a importância que devemos voltar a dar à imaginação por meio da palavra. E nesse sentido a poesia não pode ser, também ela, uma outra forma de discurso banal, a fingir marginalidade para se dar ares de arte pobre. Essa hipocrisia é ainda uma forma de pretensão. Se a poesia é arte pobre, é-o não por pactuar com a puerilidade, mas por saber que o seu lugar é do lado das coisas simples, claras e ao mesmo tempo desafiantes. A poesia é arte pobre porque não pretende participar do comércio das palavras, não pode pactuar com a corrupção da língua, manifestação da corrupção das ideias e mentalidades. Neste Dia Mundial da Poesia convém dar a saber que uma poesia que banaliza a própria linguagem é outra coisa, mas não é poesia. Se não surpreende quem lê, não é poesia. Se não faz irromper o estranhamento, não é poesia. Podendo ser simples, devendo rejeitar a grandiloquência, a linguagem poética deve ter temperatura, uma significação que dê ao leitor a possibilidade de estremecimento.
 
Em profundidade e em extensão a poesia é um acto de cultura. Essa paixão da linguagem define o poeta como alguém que se afirma como artesão (Sophia) e, por isso, celebrar a palavra de poesia é celebrar, na verdade, todos quantos amam o homem, animal de condição verbal, ser criador de palavras, e que corrompe a sua própria humanidade quando corrompe a matéria através da qual se diz e diz o mundo. Neste tempo em que, na política, impera o capitalismo das palavras, recordando Sophia, cabe ao poeta resistir contra a deturpação a que frequentemente nos conduzem aqueles que são adeptos da palavra prática, da palavra técnica. A palavra de poesia afasta-se total e absolutamente desta época da globalização fascizante, deste tempo de traição a projectos fundadores da nossa identidade. A poesia esteve na rua em Abril de 1974. Tem estado na rua contra aqueles que têm como único projecto a destruição da nossa liberdade e das nossas condições de vida. Contra a superficialidade e a ditadura do banal, que pode ser a palavra de poesia? Pode e deve ser palavra artística, exercício de liberdade imaginativa, de associação livre de sons, sentidos e experiências. Por isso ela é palavra perigosa, pois cria sempre a possibilidade de uma heterodoxia.
 
Lembremos Ruy Belo: ao contrário da palavra útil, a de poesia procura libertar-se (e libertar o Homem) da pulsão de morte que, actualmente, nos ameaça, ora de modo subtil, ora de modo declarado. Falo, para além do fetichismo tecnológico, da ditadura dos mercados, da alienação publicitária, da obsessão pelas estatísticas. Mas também me refiro a novas formas de totalitarismo: o emprego precário tornado algo aceitável e até normal; a ideia de que todos teremos vivido acima das nossas possibilidades... A responsabilidade, neste Dia Mundial da Poesia, é também de ordem ética e não só estética. Devemos dar a ler, nomeadamente na Escola, os nossos poetas, ensinar, com rigor e entusiasmo, textos de quantos, inquirindo a linguagem, exaltaram o Homem e a vida. Tudo isto porque é contra o Homem e a vida que a teologia financeiro-político-bancária tem agido, seja em Portugal, seja na Europa da oligarquia burocrática.
 
No fundo, celebrar o Dia da Poesia é celebrar a dignidade com que, por meio da arte, celebramos «a fiel dedicação à honra de estar vivo», para lembrar Jorge de Sena. E não, não se veja aqui qualquer espécie de serôdio romantismo ou de crença num qualquer poder xamanístico reservado ao poeta. A poesia, é certo, continuará sendo o reduto de poucos. E o poeta alguém que, apaixonado pela linguagem, procura responder à ditadura da palavra prática. A poesia é, por tudo isto, um irrevogável: é fiel ao facto de ser linguagem – linguagem que sabe dizer não quando se atravessa o deserto de um mundo pautado pela lei do dar o dito por não dito. É irrevogável, a poesia. E sabe bem o que isso quer dizer.
 
António Carlos Cortez
in http://www.spautores.pt/destaques/dia-mundial-da-poesia-21-de-marco-2

IX Feira da Saúde de Baguim do Monte / EB23 Frei Manuel de Sta Inês - 23 de março



sexta-feira, 14 de março de 2014

Dia do Pi - 14 de março





O Dia do Pi é comemorado em 14 de março (3/14 na notação norte-americana), por 3,14 ser a aproximação mais conhecida de π. O auge das comemorações acontece à 1:59 da tarde (porque 3,14159 = π arredondado até a 5ª casa decimal).






Se arredondarmos π para a sétima casa decimal, teremos 3,1415926, fazendo da 1:59:26 do dia 14 de março o Segundo do Pi (existe uma discussão a respeito, para alguns o Segundo do Pi foi em 14 de março de 1592, às 6:53:58).

14 de março também é o dia do nascimento de Albert Einstein, o que agrega mais fãs das ciências exatas às comemorações.
A primeira comemoração do Dia do Pi aconteceu no museu Exploratorium de São Francisco, em 1988, com público e funcionários marchando em torno de um dos espaços circulares do museu, e depois consumindo tortas de frutas; no ano seguinte, o museu acrescentou pizza ao menu do Dia do Pi.
O fundador do Dia do Pi foi Larry Shaw, o "Príncipe do Pi", atualmente fora do Exploratorium, mas ainda colaborando com as celebrações. Recentemente, uma celebração do Dia do Pi foi incorporada ao Second Life.
O Instituto de Tecnologia de Massachusetts costuma enviar suas cartas de aceitação de modo a serem entregues aos pretendentes a alunos no dia do Pi (sem muito sucesso, entretanto).    
  
In http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Pi


Cartas Vencedoras do Concurso de S. Valentim

Baguim do Monte, 14 de fevereiro de 2014

Querida Rosa,

Há muito, muito tempo que penso em ti como a minha princesa.

Para mim, não há nenhuma Rosa mais bela que tu, sempre foste a minha luz durante a noite e nada nem ninguém pode acabar como meu amor por ti!
Eu gostaria que nos encontrássemos um dia destes, meu amor.

Aguardo respostas,

                                    Do teu enamorado Cravo Valentim.

__________________________________________

                             Baguim do Monte, 07 de março de 2014

 

Querido Nate,

               Senti necessidade de te escrever esta carta, pois a saudade não cabe mais dentro de mim.

     Faz hoje dois anos que a melhor coisa da minha vida me aconteceu. Sei que para ti não significou nada, aliás, o amor que sentia, e continuo a sentir por ti nunca pode ser comparado ao que sentias por mim. Para mim sempre foste a coisa mais importante e eu não passei de uma diversão ou um passatempo, apesar de me convenceres do contrário.

       Escrevo-te porque quero que sabias aquilo que ainda sinto por ti, mas, a principal razão e fazer-me entender os meus sentimentos.

       Eu amo-te... amo-te como nunca amei ninguém. Perguntaste como sei que ainda é amor, eu sei, e respondo. É fácil, o meu coração ainda acelera quando penso em ti, os meus olhos ainda brilham quando ouço o teu nome e congela sempre que me lembro do aroma do teu perfume. As sensações e as reações são as mesmas, mas mais disfarçadas para que ninguém saiba que continuo a mesma apaixonada de sempre.

     Não quero que ninguém perceba, mas verdade é que me sinto como uma criança que teve um chupa-chupa e na hora de comer a sopa faz sempre birra para voltar a tê-lo. Digo isto por não conseguir fechar de vez este capítulo, acontece que sempre que tento começar a ler outro, não consigo passar das dez páginas pois há algo no anterior que me faz querer ler e reler vezes sem conta. Não é ridículo uma pessoa amar tanto outra que nunca lhe deu o devido valor? Eu acho que é, no entanto não posso mudar nada disso.

          Fazias-me sentir amada, fazias com que os meus dias fossem melhor, com que não houvesse, problemas ou distrações, éramos só nós os dois no Mundo, mais ninguém existia e sabes por quê? Porque os teus beijos eram sonhos, o teu colo era o melhor lugar para mim e o teu amor era o que me fazia levantar todos os dias de manhã.

        Um arrepio percorreu o meu corpo ao escrever o último parágrafo e aposto que a razão de ser desse arrepio o desejo de repetir tudo vezes e vezes e sem conta. Tento perceber como te amo tanto e limito-me a olhar para o nada, sem responder, pois não quero correr o risco de apaixonarem por ti também.

          Gostava de voltar a passear de mãos dadas contigo, de adormecer ao teu lado, sentir os teus lábios nos meus, dizer-te ao ouvido o que significas para mim, fazer-te feliz e voltar a ser feliz. Sei que nada disto vai ser possível, tu és feliz, tens namorada, eu é que ainda não consegui ultrapassar isto.

Estava a pensar nos nossos momentos, o teu cheiro invadiu a minha mente e o meu coração disparou automaticamente. Deixas-me num estado de nostalgia e melancolia incrível. Nostalgia pela falta do que foi e melancolia pela falta do que não foi, mas que adorava tivesse sido.

Escreve-me, diz-me o que sentiste ao ler tudo isto, sei que nada irá mudar, mas gostava de perceber o que ainda pensas ou sentes em relação a mim e aos meus sentimentos!

 
Eternamente tua,

Riri Fenty

 P.S. Quando voltar a amar alguém como te amei a ti, vai ser para casar. Essa é a minha maior certeza. Amo-te!